O terceiro trimestre de 2024 registrou crescimento de 12,1% na receita do setor de franquias segundo a Pesquisa Trimestral de Desempenho realizada pela Associação Brasileira de Franchising (ABF).
O aumento do índice de confiança dos consumidores, do emprego, da massa salarial recorde e a desaceleração da inflação, foram fatores que contribuíram para esse crescimento: faturamento acima de R$ 62,676 bilhões no período. Em 12 meses, a variação foi de 14,4%, passando de R$ 231,584 bilhões para R$ 264,874 bilhões.
O levantamento também aponta que houve 4,8% mais operações do setor de franquias inauguradas entre julho e setembro deste ano, comparado aos mesmos meses de 2023, com um percentual de encerramento de 1,5%.
No terceiro trimestre houve um acréscimo de 4.162 operações, totalizando 195.508 franquias, o que demonstra que o setor de franquias segue em expansão no País.
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Casas Bahia vê loja física se destacar na Black Friday
A Black Friday se mostrou melhor do que previa a direção das casas Bahia, que passa por intenso processo de reestruturação. A data deve ser uma das principais alavancas para os números do 4º trimestre da empresa.
As vendas cresceram perto de 20% nas categorias de linha branca, telefonia e móveis, que são o “core” da varejista, de quinta-feira a segunda-feira (28/11 a 02/12). Todos os canais cresceram em vendas, incluindo o marketplace, mas a estrela da temporada foi a loja física, cujo avanço em vendas foi na casa dos dois dígitos, com crescimento na ordem de 20% nas unidades da Grande São Paulo, do Nordeste e de 18% no Centro-Oeste e no Norte.
O comportamento não é exclusivo da Casas Bahia. A Black Friday deste ano foi marcada por um varejo mais racional em suas estratégias e por consumidores mais dispostos a gastar.
Os dados da consultoria Confi Neotrust mostraram aumento de 10% nas vendas, para quase R$ 8 bilhões para todo o varejo online (excluindo plataformas cross border). Mas a participação das compras com 15% de desconto ou mais foi menor do que no ano passado (41% na sexta-feira, contra 46% em 2023), como destacou o time do BTG Pactual (do mesmo grupo de controle da EXAME) em relatório.
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Natal deve ser bom para o varejo, mas 2025 demanda cautela
Comerciantes e economistas projetam este fim de ano como um dos melhores da história do país. O fluxo de pessoas nas lojas, de acordo com pesquisas, ainda é menor, na média, mas as vendas já superaram às daquele ano há algum tempo.
No início deste ano, economistas previam alta de 2% a 3% para o varejo, mas agora falam em 4% e 5%, visto que as projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro também subiram de 1% a 1,5% para 3% ou mais.
É verdade que a prévia da inflação de novembro (0,62%) acendeu um sinal de alerta, assim como o dólar chegando aos R$ 6, mas o impacto maior não é para já, e sim para o ano que vem.
Assim como a massa real de salários, o crédito tem puxado o consumo neste ano. Redes de lojas estão oferecendo mais prazo de pagamento para impulsionar as vendas.
Entretanto, os números de famílias endividadas e inadimplentes em novembro já dão pistas de que o consumo pode frear em 2025: pesquisa de novembro da Fecomercio SP mostra que 68,4% das famílias paulistas estão endividadas, 19,5% com contas em atraso e 8,9% sem condições de pagar o que devem.
Neste AV News, você viu um pouco do cenário do setor de franquias, os rumos da Black Friday nas Casas Bahia e do Natal de 2025. Até o próximo boletim!
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