O comércio brasileiro deu um passo atrás em março de 2025, com uma retração de 1,6% nas vendas em relação a fevereiro, conforme aponta o Índice do Varejo Stone (IVS). No comparativo anual, a queda foi ainda mais acentuada, atingindo 1,8%.
🔍 Destaques do Mês:
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Comércio Digital: Despencou 12,9% no mês e 13,1% no ano.
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Comércio Físico: Praticamente estável, com queda de 0,1% no mês e 2,8% no ano.
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Setores em Alta:
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Hipermercados, Supermercados, Produtos Alimentícios, Bebidas e Fumo: +2,2% em março.
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Material de Construção: +3,2% no comparativo anual.
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Combustíveis e Lubrificantes: +2,3% no comparativo anual.
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Setores em Baixa:
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Livros, Jornais, Revistas e Papelaria: -13,6%.
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Móveis e Eletrodomésticos: -8,8%.
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Tecidos, Vestuário e Calçados: -3,9%.
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Artigos Farmacêuticos: -3,5%.
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Outros Artigos de Uso Pessoal e Doméstico: -3,2%.
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Hipermercados, Supermercados, Produtos Alimentícios, Bebidas e Fumo: -1,3% no comparativo anual.
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Para agregar conhecimento: O impacto da inflação no poder de compra e estratégias para o varejo se adaptar
Cenário Econômico
Matheus Calvelli, pesquisador econômico da Stone, destaca que, embora o mercado de trabalho formal tenha criado quase 200 mil vagas recentemente, o setor informal mostra sinais de desaceleração. A combinação de inflação persistente e aumento do endividamento das famílias está pressionando o consumo, contribuindo para a retração no varejo observada nos últimos quatro meses.
📍 Panorama Regional:
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Estados com Crescimento nas Vendas:
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Acre: +2,1%
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Pará: +1,7%
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Goiás: +1%
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Roraima: +0,8%
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Piauí: +0,6%
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Sergipe: +0,5%
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Amazonas: +0,3%
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Estados com Maiores Quedas:
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Rio Grande do Sul: -8,2%
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Rondônia: -5,5%
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Rio Grande do Norte: -5,2%
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Mato Grosso do Sul: -4,8%
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Pernambuco: -3,7%
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Santa Catarina: -3,4%
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Distrito Federal e Paraná: -2,9%
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Bahia: -2,7%
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Ceará: -2,4%
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Minas Gerais: -2,2%
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Tocantins: -2%
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Espírito Santo e Alagoas: -1,7%
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Mato Grosso e São Paulo: -1,4%
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Conclusão
O varejo brasileiro enfrenta desafios significativos, refletindo a complexidade do cenário econômico atual. A pressão inflacionária, o aumento do endividamento das famílias e a desaceleração no setor informal são fatores que contribuem para esse panorama. É essencial monitorar de perto esses indicadores para entender as tendências futuras do mercado.