O BTG Pactual anunciou nesta terça-feira, dia 7, a aquisição de 100% da operação brasileira do renomado grupo suíço Julius Baer. A compra, avaliada em R$ 615 milhões, adiciona ao BTG impressionantes R$ 61 bilhões em ativos sob gestão, consolidando ainda mais sua força no segmento de Wealth Management e Family Office.
Com essa transação, o BTG Pactual ampliará sua atuação nesse mercado, passando a administrar mais de R$ 100 bilhões em patrimônio após a conclusão do negócio. “Essa aquisição reforça nossa estratégia de crescimento no setor de Family Office, em operação desde 2010”, destacou o BTG em comunicado ao mercado.
A expectativa é que a negociação seja concluída no primeiro trimestre deste ano, sujeita à aprovação de órgãos regulatórios. Mesmo com a venda, o Julius Baer continuará atendendo seus clientes brasileiros a partir de outras localidades, mantendo seu negócio internacional no Brasil inalterado.
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Disputa acirrada pelo ativo
Desde novembro de 2024, quando o Julius Baer colocou sua operação brasileira à venda, grandes players se movimentaram. Entre os interessados, estavam gigantes como Santander, XP e BTG, além de gestoras independentes como WHG e ASA.
Para embasar a decisão, o Julius Baer contou com a consultoria do Goldman Sachs e do Boston Consulting Group, que mapearam o competitivo mercado brasileiro de gestão de fortunas.
O Brasil, um dos 10 mercados prioritários para o grupo suíço, enfrenta mudanças significativas, com reestruturações e uma troca de comando que impactaram os planos locais. Inicialmente, o Julius Baer até considerou fusões ou parcerias com gestoras nacionais, mas optou pela venda total ao BTG.
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BTG Pactual se consolida como líder no mercado de alta renda
Especialistas do Citi avaliam que a compra é altamente estratégica para o BTG, que vem se posicionando como um consolidador no segmento de Wealth Management, especialmente para clientes de alta renda e Family Office. Analistas também destacaram que a concorrência de pesos-pesados, como Santander e XP, reforça o poder de negociação e a atratividade da oferta do BTG.
Com essa aquisição, o BTG não apenas amplia sua base de clientes e ativos, mas também reforça sua posição como uma das maiores forças no mercado de gestão de fortunas do Brasil.
A transação promete impulsionar ainda mais a atuação do banco no setor e criar oportunidades para novos horizontes no mercado de alta renda.
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