Grupo Montesanto Tavares entra em recuperação judicial com dívida de R$ 2,13 bilhões – impacto no setor cafeeiro

Grupo Montesanto Tavares entra em recuperação judicial com dívida de R$ 2,13 bilhões: Impacto no setor cafeeiro

O Grupo Montesanto Tavares, um dos maiores exportadores de café do Brasil, entrou com um pedido de recuperação judicial, revelando uma crise profunda no setor cafeeiro nacional. Com sede em Belo Horizonte, o grupo e suas controladas, Atlântica Exportação e Importação e Cafebras Comércio de Cafés do Brasil, acumulam dívidas que ultrapassam R$ 2,13 bilhões.

A crise financeira do grupo é atribuída à escalada vertiginosa dos preços internacionais do café, que aumentaram 200% em apenas 15 meses. Essa alta inesperada dificultou a gestão financeira, levando a problemas de liquidez e à necessidade de recorrer à recuperação judicial.

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Quem são os principais credores do Grupo Montesanto Tavares?

A lista de credores é extensa e inclui grandes instituições financeiras e tradings globais. O Banco do Brasil é o principal credor, com aproximadamente R$ 828 milhões a receber. Outros credores significativos são o Banco do Nordeste (cerca de R$ 250 milhões), Santander (R$ 225 milhões) e Banco Pine (R$ 154 milhões). Entre as empresas não financeiras, destacam-se a Cargill, com R$ 104,2 milhões em créditos, a Marex (R$ 74,47 milhões) e a Louis Dreyfus Company (R$ 30,5 milhões).

O pedido de recuperação judicial foi protocolado na 2ª Vara Empresarial da Comarca de Belo Horizonte e está sob análise. Se aprovado, o grupo terá a oportunidade de apresentar um plano de recuperação, que será submetido à aprovação dos credores em assembleia. O processo visa reestruturar as dívidas e preservar as operações da empresa, garantindo o cumprimento dos compromissos com colaboradores, clientes, produtores e credores.

Impactos da crise do café no Brasil e no mercado internacional

A situação do Grupo Montesanto Tavares lança luz sobre a fragilidade do setor cafeeiro brasileiro diante das oscilações do mercado internacional. A volatilidade dos preços e a dependência de operações financeiras complexas, como derivativos, expõem as empresas a riscos significativos, ressaltando a necessidade de estratégias de gestão mais robustas e adaptáveis às condições voláteis do mercado global.

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