As ações do Magazine Luiza (MGLU3) despencaram após o JP Morgan rebaixar sua recomendação de “neutra” para “venda”. No dia 06 deste mês, por volta das 14h40, os papéis registravam uma queda de 2,47%, sendo negociados a R$ 7,10. É o que aponta uma matéria publicada no portal Exame, na qual foi citada a Magalu.
O banco justificou a decisão destacando a elevada alavancagem da companhia em um cenário de juros altos, o que representa um risco significativo para o desempenho das ações. O preço-alvo foi reduzido de R$ 11,50 para R$ 7,50 por ação, indicando um potencial limitado de valorização.
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Magalu ainda é uma boa opção para investidores?
As projeções do JP Morgan apontam para uma queda expressiva no lucro por ação (EPS) do Magazine Luiza, com reduções estimadas de 65% e 38% em relação ao consenso para 2025 e 2026, respectivamente. Esses riscos decorrem da alta alavancagem, juros elevados e demanda limitada por itens de alto valor.
Além disso, a concorrência com empresas de e-commerce puro permanece acirrada, com concorrentes apresentando um crescimento substancialmente superior ao do Magazine Luiza. Os analistas também ressaltam que o Magazine Luiza negocia com um prêmio em relação a outros varejistas, com múltiplos P/L de 46 vezes para 2025 e 15 vezes para 2026, o que motivou o corte na recomendação.
Este cenário reflete os desafios enfrentados pelo Magazine Luiza em um ambiente econômico adverso, marcado por juros elevados e intensa competição no setor de e-commerce.
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Impactos no varejo
A desvalorização das ações do Magazine Luiza e o rebaixamento da recomendação pelo JP Morgan evidenciam os desafios enfrentados pelo setor varejista em um contexto de juros elevados e alta concorrência.
A alavancagem financeira da companhia, aliada à queda projetada no lucro por ação, sugere um ambiente desafiador para sua valorização no curto e médio prazo.
Para o varejo como um todo, esse cenário ressalta a importância da gestão eficiente do endividamento e da adaptação às novas dinâmicas do e-commerce, onde empresas mais ágeis e com menor exposição financeira tendem a se destacar.