O café, paixão nacional, agora está sob vigilância nos supermercados de São Paulo. Com os preços disparando, o produto passou a ser alvo de furtos, levando os estabelecimentos a adotarem medidas de segurança inéditas.
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Café sob proteção: grades e lacres antifurto
Diante do aumento nos furtos, especialmente de cápsulas de café, supermercados paulistanos instalaram grades e implementaram lacres antifurto nas embalagens. Essas medidas visam proteger o produto, que se tornou um dos mais visados nas prateleiras devido ao seu alto valor.
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Preço nas alturas: o impacto no bolso do consumidor
O preço médio do quilo do café torrado e moído alcançou R$ 48,57 em novembro de 2024, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic). As cápsulas, por sua vez, chegaram a R$ 183,49 o quilo, registrando um aumento de quase 19% em 12 meses até outubro de 2024. A inflação acumulada do café foi de 32,66% em 12 meses até novembro, conforme o IPCA.
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Mudanças no consumo: adaptando-se à nova realidade
Com os preços em alta, consumidores têm alterado seus hábitos. Muitos optam por marcas mais acessíveis ou reduzem o consumo para manter o cafezinho diário. A Abic recomenda evitar o desperdício, destacando que, em média, 17% a 25% do café preparado em casa é descartado, segundo estudos internacionais.
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Causas da alta: clima e produção
A principal razão para o aumento dos preços é o impacto das condições climáticas adversas na produtividade das lavouras. Em 2024, a produção brasileira de café foi de 51,8 milhões de sacas, 4,4% a menos que no ano anterior, segundo a Conab. A produtividade, medida em sacas por hectare, diminuiu 0,6% até setembro.
Em resumo, o café, símbolo da cultura brasileira, enfrenta desafios que vão além do paladar. Com preços elevados e medidas de segurança reforçadas, tanto consumidores quanto comerciantes precisam se adaptar a essa nova realidade.