O varejo norte-americano está atravessando uma tempestade intensa, reminiscentes do “Apocalipse do Varejo” da década de 2010. Em 2024, mais de 30 grandes varejistas sucumbiram à falência, conforme revela um estudo exclusivo da Coface. É o que aponta uma matéria publicada no portal Exame.
Embora as vendas do varejo tenham crescido 2,4% em 2024, essa cifra mascara uma realidade desigual. O comércio eletrônico prosperou, mas setores como hobbies, móveis, materiais de construção e lojas de departamentos enfrentaram declínios nas vendas. Redes de eletrônicos, alimentos e vestuário cresceram abaixo da inflação de 2,9%, sinalizando uma queda real no volume de vendas.
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Impacto da inflação no consumo e a crise no varejo nos EUA
Aurélien Duthoit, autor do estudo, destaca que enquanto gigantes como Walmart, Amazon e Costco capturaram quase 50% do crescimento das vendas entre 2023 e 2024, aumentando sua participação de mercado de 19% em 2019 para 24% em 2024, varejistas menores, especialmente em segmentos não essenciais, estão sob pressão crescente.
A rentabilidade do setor despencou nos últimos três anos, com margens de EBITDA retornando aos níveis da crise passada, sugerindo que o impulso da pandemia foi temporário. Cerca de 31% das empresas apresentam endividamento elevado e 48% enfrentam dificuldades no serviço da dívida. Empresas como Gamestop, Victoria’s Secret, Petco Health and Wellness, Groupon e Land’s End estão entre as mais afetadas.
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Como a Amazon está dominando o varejo global?
Setores como e-commerce, eletrônicos, eletrodomésticos e produtos de lazer estão particularmente vulneráveis. Lojas de departamentos continuam em declínio estrutural, enquanto redes de desconto enfrentam pressões inflacionárias e a concorrência feroz de titãs como Walmart e Amazon.
Duthoit alerta que o varejo dos EUA está em um ponto crítico, com tarifas crescentes e concentração de mercado exacerbando os desafios.
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