Durante minha viagem ao Japão, um dos focos tem sido observar e registrar ações de marketing e inovação que fogem do convencional — e o que encontrei hoje superou todas as expectativas.
Passeando por um centro comercial, me deparei com uma proposta no mínimo curiosa: um museu e uma loja inteiramente dedicados ao tema “poop” (sim, 💩 mesmo!). Chamado de Unko Museum (“unko” significa cocô em japonês), o espaço é vibrante, colorido, cheio de experiências interativas e, surpreendentemente, um verdadeiro sucesso entre turistas e moradores locais.
A proposta é brincar com um tema que, para muitos, seria considerado tabu ou até mesmo estranho. No Japão, porém, conseguiram transformar isso em uma experiência divertida, leve e cheia de humor. O museu combina arte pop, espaços instagramáveis e produtos de design criativo, como chaveiros, camisetas, canecas e até doces temáticos.
Essa experiência reforça um ponto essencial no mundo dos negócios: não é apenas o “o quê” você está vendendo, mas sim “como” você apresenta a sua ideia.
Uma narrativa bem construída, um marketing alinhado com o comportamento do público e uma boa dose de ousadia podem transformar qualquer conceito — por mais inusitado que pareça — em um grande case de sucesso.
Vale lembrar que o Japão é mestre em explorar nichos inesperados. Produtos “kawaii” (fofos), temáticas inusitadas e lojas especializadas são comuns por lá, sempre embalados em storytelling criativo e experiências sensoriais que conectam emocionalmente o consumidor.
O Unko Museum é mais uma prova de que, com a abordagem certa, até os temas mais improváveis podem gerar filas na porta e produtos voando das prateleiras.
Mais do que vender souvenirs “diferentões”, o museu cria memórias e proporciona momentos de riso e descontração — ingredientes poderosos para fidelizar e encantar o público.
E você, encararia essa visita? Quem sabe até levaria uma lembrança divertida para casa? 😄
Você pode se interessar por isso: Abordagem, sangue nos olhos, faca na caveira? Até quando vamos continuar agredindo nossos consumidores?