A Shein, gigante chinesa do fast fashion, está deixando de lado os preços baixos nos Estados Unidos. A marca, conhecida por vender roupas por valores irrisórios, está agora aplicando aumentos que chegam a incríveis 400% em comparação ao que cobra em outros países — inclusive no Brasil.
Leia também: Nova marca no mercado – Atto Primo: Licor de Pistache de Qualidade Premium
Exemplo real?
Uma blusa vendida no Brasil por R$ 23,90 aparece no site americano por US$ 24, ou seja, mais de R$ 120! Isso num país com impostos mais baixos e frete mais barato em muitos casos.
Você pode se interessar por isso: Abordagem, sangue nos olhos, faca na caveira? Até quando vamos continuar agredindo nossos consumidores?
O que está por trás disso?
A Shein está se reposicionando. Agora, em vez de ser só “a marca da blusinha baratinha”, ela quer competir diretamente com varejistas tradicionais dos EUA, como Target e H&M. O objetivo? Ser mais do que uma loja de fast fashion online — virar uma marca global, com valor agregado e margem maior.
Não deixe de ler: Grupo AZZAS 2154 S.A. anuncia ajustes estratégicos no seu portfólio de marcas
Estratégia Made in America
A empresa está produzindo mais roupas dentro dos EUA e criando um modelo de distribuição regional. Isso acelera entregas, reduz dependência da China e ajuda a agradar reguladores americanos. Mas tudo isso tem custo — e quem está pagando é o consumidor.
Para agregar conhecimento: O impacto da inflação no poder de compra e estratégias para o varejo se adaptar
Apostando em percepção de valor
A Shein percebeu que seu público americano aceita pagar mais por uma entrega rápida, uma experiência local e por peças que parecem ter mais qualidade. É uma jogada ousada, mas que pode aumentar muito a lucratividade — algo essencial com a Shein se preparando para um IPO.
Não deixe de ler: Faturamento pode crescer 9,4% na Black Friday e chegar a R$ 9,3 bilhões
O barato (nos EUA) ficou caro. E agora?
No Brasil, por enquanto, os preços seguem baixos. Mas a pergunta que fica é: será que esse reposicionamento vai se espalhar para outros mercados? A Shein está em plena transformação, e o fast fashion global está prestes a mudar de cara.