Origem do varejo, o conceito de comercializar produtos e serviços diretamente para o consumidor final existe há milênios, mas as palavras que utilizamos para descrever essa prática, como “retail” e “varejo”, possuem origens e evoluções linguísticas que contam histórias fascinantes.
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A origem da palavra “Retail”
A palavra “retail” tem suas raízes no francês antigo, derivando do termo “retailler”, que significa “cortar novamente” ou “dividir em pedaços”. No contexto medieval, “retailler” era utilizado para descrever o ato de fragmentar algo grande em partes menores — como pedaços de tecidos, que eram vendidos em mercados locais. Essa ideia de dividir algo grande para torná-lo mais acessível ao consumidor está diretamente ligada ao conceito de varejo: a venda de pequenas quantidades diretamente ao público.
O uso de “retail” como um termo econômico começou a se consolidar na Inglaterra no século XV. Nessa época, o comércio já havia evoluído com mercados organizados em vilas e cidades, e “retail” passou a ser usado para descrever a atividade de comerciantes que compravam mercadorias em grandes volumes (atacado) para revender em pequenas quantidades (varejo).
Com o crescimento do capitalismo e a globalização, o termo “retail” espalhou-se para outros idiomas e tornou-se uma palavra-chave em economias de mercado. Hoje, especialmente em inglês, “retail” engloba uma vasta gama de atividades e operações, desde lojas físicas a e-commerces e marketplaces.
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A história da palavra “Varejo”
A palavra “varejo” tem origens no português arcaico e está associada ao termo “varejar”, que, curiosamente, também tem conotações de fragmentação ou separação. Originalmente, “varejar” era usado para descrever o ato de medir grãos ou bens com uma vara — uma prática comum nos mercados de Portugal e nas colônias. Essa associação com a medida e a comercialização em pequenas porções se aproxima do conceito moderno de varejo.
No Brasil, o termo “varejo” começou a ser utilizado de forma mais estruturada à medida que o país se urbanizava no século XIX. O surgimento de lojas de comércio local, mercados públicos e pequenos armazéns deu uma nova dimensão ao varejo, conectando produtores e consumidores finais. Com o tempo, o termo evoluiu para incluir não apenas a venda em pequenas quantidades, mas todo o ecossistema comercial voltado para o consumidor.
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Similaridades e diferenças entre “Retail” e “Varejo”
Embora “retail” e “varejo” tenham origens distintas, ambas compartilham a ideia central de fragmentação e venda em pequenas porções. No entanto, é interessante observar como os idiomas e contextos culturais moldaram as nuances desses termos.
Em inglês, “retail” está profundamente ligado à evolução industrial e ao desenvolvimento de conceitos como “customer experience” (experiência do cliente) e “supply chain” (cadeia de suprimentos). Já em português, “varejo” carrega um tom mais cotidiano e próximo da relação comunitária, refletindo o papel das feiras e mercados na vida social e econômica brasileira.
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A evolução e o futuro do varejo
Com o avanço da tecnologia e o surgimento de novos modelos de negócios, tanto o “retail” quanto o “varejo” expandiram seus significados. Eles agora abrangem práticas digitais, como o comércio eletrônico e o omnichannel, além de estratégias globais e locais. No Brasil, o varejo desempenha um papel crucial no PIB, enquanto o termo “retail” continua a guiar inovações no setor internacional.
A história dessas palavras reflete mais do que apenas a comercialização de produtos: ela conta a evolução das sociedades, o desenvolvimento econômico e a constante transformação do relacionamento entre empresas e consumidores.